O CIRSF – Centro de Investigação em Regulação e Supervisão do Sector Financeiro, (www.cirsf.eu), conjuntamente com o Programa JEAN MONNET da Comissão Europeia no quadro temático do Projeto intitulado Reforma Global da Governance da UEM sedeado na Universidade de Lisboa (UL), em cooperação com os seus Parceiros Científicos Nacionais para este evento - Banco de Portugal (BdP) e Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) - e com o seu Parceiro internacional, o European Banking Institute, de Frankfurt (EBI - https://ebi-europa.eu), em cuja Rede Científica a Universidade de Lisboa (UL) através da FDL-UL se encontra integrada, organiza a sua habitual Conferência Internacional Anual, que marca em 2023 o seu DÉCIMO ANIVERSÁRIO no atual formato, a 9 de outubro (entre as 9h45 e as 17h00) e a 10 de outubro (entre as 9h00 e as 13h30).
Acesso livre à conferência mediante inscrição gratuita nominal obrigatória para os endereços de correio eletrónico: geral@cirsf.eu ou inscricoes@cirsf.eu
Na presente edição (2023) desta Conferência Anual, marcando o seu Décimo Aniversário e determinando assim, a titulo excecional, a sua duração de um dia e meio, impõe-se destacar o envolvimento de primeira linha de autoridades nacionais de supervisão financeira, a cooperação continuada com o BCE/SSM e o aprofundamento da cooperação da Universidade de Lisboa (UL) com o EBI de Frankfurt, bem como a expansão da cooperação com a Florence School of Banking and Finance do Instituto Universitário Europeu (IUE) de Florença (cujo Diretor é orador na Conferência).
Para além do panorama ainda incompleto de concretização de roteiros alternativos para a União Bancária Europeia e para a União Europeia do Mercado de Capitais, do qual a projetada reforma do enquadramento de gestão de crises e de garantia de depósitos bancário (‘CMDI’) desencadeada com as propostas da Comissão Europeia de 18 de abril de 2023 será uma peça essencial, assim como a expansão dos regimes de resolução a outros subsetores do setor financeiro, o sistema financeiro encontra-se sujeito a um conjunto encadeado de choques recentes e previsíveis alterações de paradigmas económicos.
Reportamo-nos, entre outros aspetos, aos sucessivos choques da pandemia covid e do pós-pandemia, da guerra na Europa e suas ondas de choque envolvendo alterações estruturais dos mercados energéticos, que se cruzam com as mudanças do setor da energia decorrentes das exigências de sustentabilidade e alterações climáticas, e a alterações associadas a um patamar durável – mais longo do que inicialmente se previa – de inflação elevada, gerando alguma incerteza sobre o grau ou intensidade de manutenção de políticas monetárias restritivas, bem como a uma nova paisagem geopolítica com potenciais implicações nos padrões do comércio internacional e num novo desenho da globalização económica, conjugada com potenciais tensões no modelo económico Chinês (experimentando dificuldades ao sair do seu ciclo pandémico mais longo). Todos estes choques e alterações de paradigmas económicos, combinados com profundas mutações no domínio tecnológico, criando desafios quanto a novas formas de intermediação financeira, e correspondentes pressões para a transformação acelerada dos atores financeiros mais tradicionais, geram desafios estruturais para o funcionamento do sistema financeiro, para a sua estabilidade, perspetivas e, também, para a sua regulação e supervisão, que nos propomos em vários planos discutir.